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Vida após a aposentadoria

Rodrigo Gonçalves Fonte Boa – Promotor de Justiça aposentado

1) Como avalia sua passagem pelo MPMG?
Após 10 anos na função de Perito Criminal da PC e 05 como Analista no MPF e assessor do PGR em MG, iniciei minha carreira no MP em Ribeirão das Neves, então comarca de instância inicial. Dali até BH foram outros 05 anos de muito trabalho, com eixo no sistema prisional.
Na Capital, após breve passagem pela Auditoria Militar, passei a exercer minhas funções na PJ de Combate ao Crime Organizado e posteriormente no GAECO, por longos 16 anos.
Destaco a apreensão de documentação contábil (caixa 2) das empresas de fachada controladas por Marcos Valério no esquema de propinas que ficou conhecido como Mensalão, no ano de 2004, que provocou a vinda de Senadores e Dep. Federais que integravam a CPI mista de mesmo nome.
Entre os anos de 2005 e 2009, a PJ voltou suas ações para os bandos do Novo Cangaço e roubo a carros-fortes, que resultou nas prisões de 42 criminosos nos estados de GO, PA, MA, SP, CE e MG, culminando com a prisão do “João da Ponto 50”, além da apreensão de vários fuzis e da metralhadora de calibre .50.
A partir 2010 a PJ passou a dedicar suas ações para o tráfico de drogas, sendo que no espaço de 04 anos foram apreendidas cerca de 10 toneladas de maconha e centenas de quilos de cocaína ou sua pasta-base, levando à prisão e condenação de centenas de traficantes de atuação nacional.
Todas essas ações foram realizadas com os policiais civis e militares lotados no GAECO.
Não poderia esquecer dos 05 anos de coordenação do Grupo de Intervenção Estratégico, colegiado formado pelo MP, PC, PM de Sistema Prisional, que monitorava e perseguia as lideranças criminosas dos 14 maiores aglomerados de BH.
Foram centenas de operações contra a criminalidade organizada dedicada ao roubo a bancos, cargas, tráfico de drogas, explosão de caixas eletrônicos e suas facções, como o PCC.

2) Quais aspectos da vida institucional sente mais falta?
A condição de integrar e representar uma instituição tida com enorme respeito por todas as demais e, muitas das vezes, vista como aquela que iria solucionar as questões mais complexas, além de realizar a interface entre as forças e organismos de defesa social é aquilo que mais me toca.
E, claro, o relacionamento saudável com os colegas, servidores e policias com quem trabalhei.

3) Após a aposentadoria, passou a se dedicar a quais atividades?
Passei a me dedicar aos cuidados de cães. Trabalho na empresa Snouts, um centro de equilíbrio e bem-estar canino O qual oferece os serviços de daycare (onde os animais passam o dia e aprendem brincando) e hospedagem. O espaço foi idealizado pela minha filha bióloga Fernanda e tem como objetivo a promoção do bem-estar, saúde física e mental, equilíbrio e felicidade dos cães.
Na Snouts todo o manejo dos cães é feito através de técnicas Low stress e fear free. Utilizamos técnicas positivas de adestramento e apostamos na relação de confiança, prevenção e gerenciamento do ambiente.
A creche e hotel funcionam em um amplo espaço localizado na Rua Grão Mogol, Sion, construído para atender as necessidades físicas e emocionais dos pets. Todos os serviços são baseados no respeito na personalidade e individualidade de cada cão, num ambiente de trabalho estimulante, alegre e produtivo, bem como na transparência e honestidade com os tutores, funcionários e colaboradores.
Endereço da Snouts: Rua Grão Mogol 137- Carmo-Sion, BH.

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