A pousada de Cabrália, situada no sul da Bahia, foi inaugurada em 1993, como importante conquista dos associados. À época foi um excelente negócio, pois a classe passou a ter uma nova e interessante opção de descanso.
Todavia, com a expansão das possibilidades de turismo, em especial nos últimos 20 anos, a procura diminuiu sensivelmente. Em 2006, foi celebrado um convênio com o Sebrae a fim de estudar o melhor caminho para atrair novamente os associados e diminuir o custo. À época foi contratada uma consultoria, que remeteu um longo questionário aos associados. O estudo, tendo como base os dados fornecidos pela classe, concluiu pelo desinteresse da ampla maioria em frequentar a pousada e preferência pela venda.
Não obstante, foram feitas novas e importantes tentativas para atrair os associados.
Em 2010, chegou-se à conclusão de que seria impossível para a AMMP continuar administrando o bem, pois o déficit girava em torno de R$300.000,00 (trezentos mil reais) por ano e a procura era baixa.
Na época a solução encontrada foi a parceria com um grupo hoteleiro que fosse reconhecido nas áreas de turismo e hospedagem, para dar nova formatação ao empreendimento. A intenção foi colocar a pousada como unidade de hotelaria independente e com visibilidade no mercado. Assim, por um ano a associação fez investimentos para adaptá-la ao mercado hoteleiro, em mais uma tentativa para evitar a alienação.
Depois de realizadas diversas ações de marketing e de adaptações ao diagnóstico elaborado pela consultoria, em 2011, os empregados foram demitidos e a Pousada alugada, após um detalhado inventário da estrutura e bens móveis. Desta forma, o custo ordinário saiu da associação, restando-nos os estruturais (como ocorre com todas as locações). Certamente foi uma boa solução à época, pois evitou que a Associação investisse valores que não reverteriam para os associados.
Em 2016, tendo em vista a necessidade de reparos estruturais, tivemos um déficit de R$17.712,00 (dezessete mil, setecentos e doze reais), além da depreciação natural oriunda do tempo. Salientamos que se trata de uma área com intensa maresia, que corrói boa parte do bem, em especial a estrutura, além da formação de cupim, já que a pousada é toda em madeira. Inclusive hoje há necessidade de reparos estruturais que giram em torno de R$100.000,00 (cem mil reais).
O contrato com o locador vence no final de 2017, restando-nos, a princípio, duas possibilidades. A primeira, a retomada do imóvel, o que hoje geraria um déficit anual de cerca de R$500.000,00 (quinhentos mil reais). A segunda, nova locação, o que implica em novas despesas estruturais, além de manter um bem subutilizado, cada vez mais velho, que tende a depreciação.
Diante deste cenário, aos 14 de fevereiro de 2017, foi convocada assembleia para deliberação sobre a destinação do imóvel, o que foi amplamente divulgado através do e-mail institucional, diário oficial e jornal mensal da associação com mais de um mês de antecedência.
Na manhã de ontem, foi autorizada a venda do imóvel, o que, em ocorrendo, gerará receitas para aquisição de outros bens. Obviamente que a alienação só será possível pelo valor de mercado, não havendo nenhuma urgência em realiza-la. O imóvel foi avaliado por um perito, levando em consideração todas as variáveis, tais como valor do terreno, construção, região, demanda, etc. O laudo é bem detalhado e está à disposição de todos os associados na AMMP. Ao final, o trabalho, utilizando-se do método comparativo direto de dados de mercado, conclui que o valor do bem gira em torno de R$ 3.569,839 (três milhões, quinhentos e sessenta e nove mil, oitocentos e trinta e nove reais), admitindo-se uma variação de 5%.
Salientamos que ainda não há nenhuma sinalização de venda, pois isso depende de inúmeras variáveis, podendo ocorrer em meses ou anos. Evidentemente que a realização da alienação depende da existência de um comprador disposto a pagar o valor real de mercado, o que demanda tempo.
Após a venda, o valor será integralmente depositado em uma conta bancária específica e então haverá amplo debate com a classe, além de pesquisa de mercado para destinação dos valores. Em tempo e modo oportuno, a Associação colherá sugestões, a fim de conhecer qual aplicação seria mais interessante aos associados. Portanto, não haverá perda patrimonial, mas uma adequação dos imóveis à realidade atual, com fins de atender aos anseios dos associados e com menor custo para a associação.
A diretoria.