O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), que conta com membros do Ministério Público de Minas Gerais, recuperou R$ 230 milhões para os cofres do Estado em 2017. O CIRA, também formado pela Advocacia-Geral do Estado (AGE) e pela Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), foi criado em 2007 para atuar no combate à sonegação e às fraudes fiscais.
Segundo informações do Centro Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), nos últimos três anos, foram recuperados, em valores absolutos, R$ 550 milhões de ativos no Estado. Para 2018, a meta é de recuperar R$ 150 milhões. Nos últimos seis anos, o Caoet conseguiu alcançar todas as metas propostas.
Os dados do órgão apontam que as práticas mais recorrentes são: abrir empresas de fachada, simular operações com outros estados e a aquisição de notas fiscais para “regularizar o estoque”.
O coordenador do Caoet, o promotor Renato Froes, explicou que os resultados expressivos são frutos da estratégia de regionalizar a apuração. “Quando a gente criou a força tarefa do CIRA, procuramos exatamente regiões onde tinham mais casos e criamos coordenadorias nos locais. Os dados mostraram que as regiões mais problemáticas eram Zona da Mata, Contagem e Triângulo Mineiro. Com a estratégia, conseguimos cobrir, aproximadamente, 75% da criminalidade”, analisou o promotor.