No dia 25 de abril, a AMMP realizou o curso “Administração Financeira: Conceitos básicos sobre Antifragilidade e conceitos importantes sobre investimento em Bolsa de Valores”, na sede, com o economista Luiz Fernando Roxo. Os trabalhos foram presididos pelo Promotor de Justiça Fernando Ferreira Abreu.
Em sua palestra, Luiz Fernando Roxo mostrou que a Antifragilidade, termo da moda no mundo financeiro na atualidade, foi cunhado pelo matemático e megainvestidor libanês Nassim Taleb. O estudioso relacionou características de seres vivos com aspectos do mundo dos negócios. “Antifragilidade é uma característica de todos os organismos vivos que sobrevivem em situações difíceis. Todos os organismos em sistemas complexos que sobrevivem e conseguem prosperar, conseguem se beneficiar do caos, do estresse. Tudo isso para o ser humano é fundamental. ”
Roxo destacou que, em relação às finanças, é possível ter uma carteira de investimentos antifrágil, ou seja, que garante proventos em momentos de crise. “Antifragilidade nos investimentos é quando você consegue ter um portfólio que se beneficia do caos. Então quando a gente tem uma crise financeira, para a maioria dos portfolios, que são frágeis, temos uma perda muito grande. Quando a bolsa cai muito, a taxa de juros sobe muito, o dólar sobe muito, a inflação, por exemplo. A carteira de investimentos antifrágil tem as mesmas características destes organismos naturais, ou seja, consegue obter ganhos. “
O economista ainda apresentou aos associados dois cenários econômicos contrastantes. De acordo com a sua análise, o Brasil vive momento de perspectivas positivas, ao contrário do contexto mundial. “O cenário interno é otimista. O brasil está saindo de uma matriz de gestão não liberal e indo para uma matriz liberal. O que costuma fazer com que a bolsa melhore. A expectativa, por mais que demorem as reformas, é que o Brasil prospere e a gente já comece a ver os resultados nas empresas. Também temos o cenário externo. O mundo cresce há 10 anos. A Bolsa sobe nos Estados Unidos há 10 anos. E isso acontece, infelizmente, desde 2008, com emissão de moedas por parte dos Bancos Centrais, e com dívidas. O endividamento mais que triplicou na última década. Por mais que o cenário brasileiro seja de otimismo, é possível que nós tenhamos, a qualquer momento, um colapso econômico. Achamos que pode acontecer nos próximos dois anos. Temos uma janela de oportunidades interna, mas precisamos nos proteger de um colapso econômico global, precisamos nos proteger. ”