Dores, alterações na pressão sanguínea, confusão mental, perda da sensibilidade nas extremidades do corpo, sensação de cansaço e respiração ofegante. Todos estes sintomas são sentidos por pessoas que estão morrendo, literalmente, de frio. O problema é mais grave entre aqueles que têm como teto apenas o céu.
Com a missão de amenizar o frio de pessoas em situação de rua neste outono e inverno, a AMMP lançou, no dia 23 de abril, a Campanha do Agasalho 2018. A Associação disponibilizará, em seu site, na seção “Seja Solidário”, lotes de kits para doação, que poderão ser adquiridos por meio de boleto bancário. (Kit feminino: 1 manta, 1 calça, 1 blusa, 1 par de meias, 1 touca, 1 par de sapatos, Valor: R$ 88,40. Kit masculino: 1 manta, 1 calça, 1 blusa, 1 par de meias, 1 touca, 1 par de sapatos, Valor: 97,10).
Posteriormente, basta encaminhar a escolha para o e-mail cleonice@ammp.org.br ou para telefone 2105-4839. Há também a opção de levar os donativos aos pontos de coleta, no hall da Sede da AMMP e no pilotis da Torre 2 da PGJ.
A iniciativa vai até o dia 31 de julho. Os itens doados serão entregues, durante todo o período, ao Centro de Referência da População em Situação de Rua – SUL (CREAS Pop).
Caso o volume seja expressivo, outras entidades e pessoas poderão ser beneficiadas.
Se a expectativa meteorológica se confirmar, BH pode registrar temperaturas tão baixas quanto as de 2017, quando o inverno foi o mais rigoroso desde 1961. Outro agravante é a falta de abrigos para pessoas sem teto. De acordo com o Cadastro Único dos Moradores de Rua, da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura, são 6.340 pessoas vivendo em vias públicas, o que contrasta com as 1,1 mil vagas disponíveis em centros públicos de acolhimento.
De acordo com a coordenadora do Centro de Referência da População em Situação de Rua, Kátia Goulart, além de amenizar o frio daqueles que necessitam, as doações podem representar o primeiro passo para a mudança de vida de uma pessoa desabrigada. “Quando a pessoa vem receber a doação, é uma oportunidade de contato com o sistema de assistência social. A partir disso, criamos condições para que ela deixe de viver ao relento”, enfatizou.
Kátia ainda pede aos doadores que deem atenção especial aos cobertores. “Os cobertores também servem como colchão, já que muitas vezes a pessoa está deitada no chão gelado, o que piora a sensação de frio”. Em caso de dúvida, entrar em contato com AMMP pelo telefone 2105-4878 e pelo e-mail jornalismo@ammp. org.br.
Aguardamos sua doação e seu calor humano.