No dia 25 de outubro, a Associação recebeu, em seu auditório, evento que traçou um complexo panorama sobre os crimes praticados no Ciberespaço e formas de atuação do estado para combatê-los. A mesa do evento foi presidida pela Promotora de Justiça e coordenadora da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (COECIBER), Christianne Cotrim Assad Benssoussan.
A primeira palestra foi ministrada por Paulo Lino, especialista em Justiça Criminal, Tecnologia de Informações, Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas, perito em Fraudes pela Association of Certified Fraud Examiners e agente especial do Departamento de Polícia Federal de 1987 a 2002.
Em entrevista ao AMMP Notícias, Paulo Lino explicou que a legislação de combate aos crimes cibernéticos deve ser sempre atualizada. “O Estado sempre vai ficar atrás, até pela formação de sua estrutura. A tecnologia e as novas formas de crime são mais rápidas que o Estado. É preciso criar estruturas de aplicação da lei um pouco mais flexíveis e de permanente atualização”.
A segunda palestra foi apresentada pelo Procurador de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, membro Honorário da Força Aérea Brasileira e presidente da Associação Brasileira de Estudos da Inteligência e da Contrainteligência (ABEIC), Fábio Costa.
Ao AMMP Notícias, Fábio Costa explicou que a parte navegável da internet representa apenas a ponta do iceberg. Os crimes de maior potencial acontecem na chamada “dark internet”. “O problema é quando a gente começa a trabalhar com a dark internet. Onde as coisas ruins acontecem. Venda de órgãos, os assassinos de aluguel, tráfico de drogas, terrorismo internacional, tráfico de pessoas. ”