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Homicídio motiva operação de combate à célula do PCC no Sul de Minas Gerais

Investigação do Grupo Especial de Atuação ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo Varginha, em parceria com a Seção de Inteligência do 24° Batalhão de Polícia Militar, deflagrou, no dia 28 de fevereiro, a operação Algoz, que cumpriu 14 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão contra membros de célula do PCC em Elói Mendes, no Sul de Minas.

A investigação do MP e da PM foi iniciada após o homicídio de um integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV), no fim de 2017. De acordo com a apuração, o crime, realizado “com requintes de crueldade”, teve o intuito de intimidar coletivamente o CV, já que os grupos entraram em disputa por pontos de tráfico de drogas em Elói Mendes.

Segundo o Gaeco, logo após o fato, iniciou-se investigação sobre o crime e o tráfico de drogas na região, comandado pelo PCC. Durante a apuração foram realizadas quatro prisões em flagrante e apreendidos quase 65 kg de maconha e 160 pedras de crack.

O Gaeco também detalhou que, em razão do homicídio, três pessoas foram denunciadas e um menor representado. Doze pessoas foram denunciadas pela prática de crimes de tráfico de drogas e organização criminosa, assim como três menores foram representados pela prática de atos infracionais análogos.

A operação Algoz contou com a participação de três promotores de Justiça, 80 policiais militares e um policial civil.

O subcoordenador do Gaeco em Varginha, o promotor Igor Serrano Silva, enfatizou que já foram realizadas na região, nos últimos anos, quatro operações contra o PCC, o que resultou na prisão de mais de 100 integrantes da facção. “Nós sabemos da presença do PCC no Sul de Minas e estamos sempre atentos às atividades da organização. ”
 
Serrano também destacou que a intervenção federal no Rio de Janeiro pode fazer com que criminosos procurem o Sul de Minas para atuar. “É possível que o conflito entre facções do Rio e São Paulo se acentue no Sul de Minas. Por enquanto são poucas notícias, mas sabemos que existe uma movimentação do Rio de Janeiro”, relatou o promotor, que garantiu que o Gaeco tem como uma das prioridades combater organizações criminosas no Sul de Minas, em 2018.    

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